Olá galera, tudo bom? Dessa vez vou falar um pouco do Windows Nano Server.
A nova Microsoft
Nos últimos anos vemos a Microsoft repensando sua estratégia de mercado e repensando seus produtos. É incrível ver como esse gigante está conseguindo se reposicionar de forma assertiva junto ao mercado e principalmente junto à comunidade. Mas nem tudo foi projetado para ser exatamente como vemos hoje. Na verdade, boa parte das ações que a Microsoft vem tomando são para beneficiar ela mesma, no entanto, nós da comunidade, hoje, compartilhamos muito mais interesses com a Microsoft do que no passado.
O Build 2015 trouxe muita coisa interessante. A Microsoft deixa claro que está trabalhando duro para oferecer uma plataforma definitiva para desenvolvedores. Ela consegue entregar qualidade não só para quem trabalha com .Net no Windows, entrega qualidade para quem trabalha com diversas outras plataformas no Windows ou não.
Desde o ano passado, quando tivemos os primeiros ensaios do ASP.NET vNext, vemos que algo único, a possibilidade de projetarmos aplicações .Net para rodar no Linux. Até o lançamento das demos isso era impensável, no entanto com as apresentações do vNext, vemos um novo mundo muito interessante e promissor à frente. Satya Nadella já havia dado o recado, víamos uma nova Microsoft no mercado de telefonia, cloud, mas dessa vez, ela tocava realmente o coração dos desenvolvedores. O épico slide “Microsoft Loves Linux” mostra que Nadella não está brincando em serviço.
O Azure e as dificuldades dos ambientes Windows Server
Com o Windows Azure, a Microsoft passou a vivenciar os mesmos problemas que todos nós tínhamos com os parques Windows, e isso forçou-a a rever alguns conceitos dos produtos para que pudessem ser mais eficientes. Seja pelo consumo de memória e/ou disco de uma instância Windows básica, ou pela dificuldade de gerar alguns scripts de automação.
Na prática já vimos evoluções muito interessantes com o Windows Server 2008 e ainda mais impactantes com o Windows Server 2012, mas está na hora de olhar para o Windows Server 2016. Na comunidade Microsoft, sair do Windows é um sonho de muitos, mas não de todos. Ainda existem muitas empresas que vivem sob o mantra de que tudo precisa ser necessariamente Windows.
O Windows é eficiente, performa bem, mas… o Linux como server, é infinitamente mais robusto e eficiente, principalmente quando pensamos em escalabilidade horizontal.
Qualquer um que tenha vivenciado alguma experiência com DevOps, se propôs a brincar com a criação dinâmica de novas máquinas virtuais ou mesmo deploy de containers. Quando falamos em parques com 10, 15, 20 máquinas, a decisão sobre o SO é extremamente relevante. O consumo de memória e storage no Windows Server é extremamente absurdo, mas muitas vezes é nossa única opção. Facilmente rodamos 2 ou 3 máquinas Linux com os recursos de uma única instância Windows.
A parte engraçada dessa perspectiva é que a própria Microsoft também sabe disso, e nunca sentiu tanto na pele quanto hoje, com o Windows Azure. Segundo a Microsoft, já são 10 anos no refactoring do Windows Server para torná-lo mais modular, e vimos ao longo dos anos diversas iniciativas, seja com o Windows Server 2008 e 2012 Server Core, sem interface gráfica, mais leve no consumo de memória, mas ainda com alto consumo de storage.
2015 e as novidades
Hoje, já podemos vislumbrar o Windows 10 no Raspberry Pi 2, temos o blog IoT, a página IoT e o dev center de IoT. E temos o lançamento do Windows Server Nano Server.
Embora a Microsoft tenha trabalhado junto com a comunidade para garantir o .Net no Linux e Mac, trabalhando na release do Mono 4.0 com suporte ao C# 6, caso a Microsoft não fizesse algo com o Windows Server, realmente perderia uma boa fatia do mercado para o Linux. Então desde o dia 8 de Abril desse ano, temos o primeiro vídeo do Nano Server Team no Channel9.
O que vem a ser o Windows Nano Server?
Uma versão extremamente clean do Windows Server. Na conferência de desenvolvedores, o #Build2015 da Microsoft, Microsoft PM Gerente Andrew Mason e Engineer Jeffrey Snover forneceu uma introdução ao Windows Nano Server. Windows Server Nano é uma distribuição de 64 bits enxuta, exclusiva e totalmente gerenciável remotamente do Windows Server. Ao contrário do Windows Server 2012 R2 ou Windows Server 2012 R2 Core, não há nenhuma interface de console – ele foi projetado para executar microservices.
Para ajudar na comparação, em uma instância Windows Server 2012 R2, recém criada, usamos 4GB de disco apenas para o Windows, já no Nano Server, uma nova instância, possui menos de 500 mb. Para dar ainda mais água na boca, temos o vídeo Nano Server Scale Demo mostrando 1000 máquinas com míseros 128mb de RAM, cada. Se ainda não ficou convencido do potencial do Nano Server, assista Nano Server Node.JS Demo de 2 minutos e 36 segundos, que demonstra como rodar o Node.JS no Nano Server.
Enfim, seja para seus testes em seu notebook ou para rodar uma aplicação em produção, é muito provável que o Nano Server seja seu amigo mais próximo nos próximos anos!
Ainda nesse final de semana publico o tutorial de como rodar o Nano Server.
Ainda estou estudando, como usar .Net nele, acho que muito em breve sai um conteúdo nessa linha.
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