Uma das coisas lindas do Linux é a separação volumes e file system. E você não faz ideia do que dá para fazer com file system em memória!!!?
No windows quando escrevemos no C: sabemos que estamos escrevendo em um disco ou no máximo em um raid. Não importa qual path seja.
No linux, não é assim que vemos como escrevemos. Seu file system não é segmentado por unidades, seu file system é uma estrutura lógica e qualquer path pode estar fisicamente em um disco ou até na rede. Mas também pode estar em memória.
tmpfs
Um dos sitemas de arquivos disponíveis no linux é o TmpFS:
“tmpfs trata-se de um sistema de arquivos que não armazena as informações em dispositivos de armazenamento persistente como HD, memória flash, disquete, CD, DVD, etc. Em vez disso, manipula informações diretamente na memória RAM, assim como o procfs. Muitas distribuições Unix habilitam e usam o tmpfs (nativo no Linux desde o núcleo 2.4 [1]) como padrão ao diretório /tmp
ou para compartilhamento de memória.” Fonte: Wikipedia
Imagine que você tem um processamento de imagens, algo que pegue uma imagem em um formato X, e transforme em Y. Foi o que fiz no gago.io, na nova home, que entrega todas as imagens em WEBP. Mas eu não editei meu wordpress para entregar as imagens em WEBP, em vez disso criei um serviço que faz a conversão e entrega a imagem da forma que eu quero. E acredite, em comparação ao meu PNG de todo dia, a diferença chega a ser de mais de 1000% em banda.
Mas eu tinha um dilema, precisava persistir a imagem em disco para rodar um conversor de imagens do google, e como fazer isso de forma performática. Foi quando lembrei da possibilidade de usar o tmpfs, e resolvi parar para ler um pouco sobre ele. Como você viu na descrição da Wikipedia, esse file system está na memória. E nessa infra, onde esse processo precisa rodar, memória não é problema, são 64GB onde mais da metade está sobrando!
O que você precisa fazer?
Além de descobrir se há memória suficiente, basta criar um volume, com algumas configurações especiais e usar esse volume.
Passo a passo:
docker volume create --driver local
--opt type=tmpfs
--opt device=tmpfs
--opt o=size=1000m,uid=1000
tmpfs_volume
Pronto, temos 1GB de RAM pronto para ser usado no meu container!
Agora basta montar o volume como um volume qualquer, e pronto!
docker run -d -it --name devtest --mount source=tmpfs_volume,target=/tmp appimage:latest
Vale lembrar que quando o último container consumindo esse volume morre, os dados morrem com ele.
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