Esse é um post rápido, uma crítica a aqueles que querem sempre simplificar tudo, de forma indiscriminada, e no final criam frankensteins conceituais.

A ideia que refuto é:

Vamos implantar SCRUM, mas sem … pq não precisamos.

Vamos usar RUP, mas sem… pq não é necessário.

Vamos implementar SOA, mas vamos simplificar… pq é too much.

Vamos implementar GIT FLOW, mas vamos não vamos ter só master, sem develop.

Essas são atrocidades que já escutei, sempre com o ar de superioridade dizendo “Não precisamos disso tudo”.

O problema dessa abordagem é que ela nunca é devidamente clara à todos os envolvidos, a ponto de que TODOS lembrem do que aquilo não é o TODO, mas sim uma parte de uma implantação de um conceito, framework de trabalho, metodologia ou prática.

O Brasileiro não é o lê muito, o Brasileiro de TI lê mais que a média, no entanto, o que vejo nos times, é que cada vez mais, jovens estão mais imediatistas, ignorando o conhecimento oficial, via manuais e documentação formal, e optam pelo Stack Overflow, para resolver problemas, ignorando o conhecimento necessário e as implicações de cada decisão.

Assim, a probabilidade daqueles que estão em um contexto de uma implantação parcial, considerarem aquela uma implantação completa é muito grande. Nesse processo, criamos uma massa, pequena, de ignorantes conceituais. Embora a culpa seja destes, que não estudam, há uma grande possibilidade de que esses jovens repliquem estritamente o que conheceram, fazendo novas simplificações. Ao final, não teremos nada, da visão original, e precisará, alguém acima da média, que leu e entendeu os conceitos reais, o “salvador” que dirá que os problemas enfrentados, decorrentes das inúmeras simplificações não é resultado da tecnologia em questão, mas das simplificações. Claro, caso ainda haja espaço para diálogo sobre aquela tecnologia, o que nem sempre é viável, visto que pode estar tão politicamente queimada, a ponto de não se poder pronunciar seu nome.

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