Você já se perguntou como empresas como Amazon, Google e Netflix garantem que suas aplicações estejam sempre disponíveis, resilientes, escaláveis, eficientes e confiáveis?

Não há uma única resposta, mas uma delas é processamento assíncrono, especialmente com a utilização de mensageria e filas. Neste post, exploremos a importância desse recurso no cenário de negócios de alta criticidade e como projetos de todos os tamanhos podem se beneficiar de sua adoção.

Nos últimos anos, presenciamos uma crescente demanda por soluções de software que possam suportar grandes volumes de usuários e se adaptar rapidamente às mudanças no ambiente de negócios. Essa tendência impulsiona a adoção de práticas de DevOps, arquitetura de software e soluções orientadas a eventos, que buscam entregar aplicações mais ágeis, resilientes e escaláveis.

Em projetos de alta criticidade, a tolerância a falhas é um aspecto crucial. Um único erro ou indisponibilidade pode causar perdas significativas e afetar a reputação da empresa. Neste cenário, o processamento assíncrono com mensageria se destaca como uma solução eficiente para garantir disponibilidade, eficiência, resiliência, confiabilidade e escalabilidade dos sistemas.

Importância do processamento assíncrono

O processamento assíncrono é uma abordagem que permite que múltiplas operações sejam executadas simultaneamente, sem que uma espere a conclusão da outra. Isso proporciona um alto grau de paralelismo e eficiência, pois os recursos computacionais podem ser melhor aproveitados.

No contexto de aplicações críticas, o processamento assíncrono é particularmente relevante, já que a natureza distribuída e descentralizada dessas operações permite que o sistema continue funcionando mesmo em caso de falhas em algum componente.

Mensageria

Mensageria, filas e streams permitem a comunicação assíncrona entre componentes de um sistema, através do envio e recebimento de mensagens. Essas mensagens podem conter informações sobre eventos, comandos ou solicitações de dados, que serão processados pelos componentes receptores de forma independente.

Esses mecanismos atuam como intermediários na troca de informações, garantindo que as mensagens sejam armazenadas e entregues de forma confiável aos destinatários.

O throughput da demanda não necessariamente precisa ser o mesmo throughput de processamento, isso evita que os componentes do sistema fiquem sobrecarregados com grandes volumes de requisições simultâneas e permite a recuperação rápida de falhas.

Outra característica útil nessa disparidade, é a oportunidade de optar por escalar sua infra, somente se fizer sentido. Em contrapartida, em modelos síncronos você não tem essa opção. Se a demanda chegar, você terá de escalar para atender.

Aplicação em cenários de alta criticidade

A utilização de processamento assíncrono se mostra extremamente valiosa em projetos de alta criticidade, onde a disponibilidade e a resiliência são fundamentais. Ao distribuir as operações em diversos componentes e garantir a comunicação assíncrona entre eles, é possível assegurar que falhas em um componente não afetem todo o sistema.

Essa abordagem também permite a implementação de mecanismos de redundância e failover, que garantem a continuidade das operações mesmo em situações adversas. Além disso, em conjunto com uma boa estratégia de observabilidade, o uso de mensageria facilita a identificação e solução de problemas, já que as mensagens podem ser monitoradas e rastreadas ao longo do fluxo de comunicação.

Adoção em projetos de todos os tamanhos

O processamento assíncrono não é exclusividade de grandes projetos e sistemas complexos. Projetos de menor porte também podem se beneficiar dessa abordagem.

Projetos menores não demandam escalabilidade, entretanto são muito beneficiados pela resiliência, disponibilidade e eficiência computacional.

Benefícios do processamento assíncrono

1. Disponibilidade: O processamento assíncrono permite que as aplicações continuem funcionando mesmo em caso de falhas em componentes individuais. Isso garante que o sistema permaneça disponível para os usuários, mesmo em cenários adversos.
2. Resiliência: A capacidade de recuperação rápida diante de falhas é um dos grandes diferenciais do processamento assíncrono. Ao distribuir as operações e utilizar mecanismos de redundância e failover, é possível garantir a continuidade das operações e minimizar o impacto de falhas no sistema. Ao mesmo tempo, se durante a realização de uma tarefa, parte da sua infra cai, ou um componente externo necessário cai, sua mensagem está salva na fila ou stream. E reprocessar é uma tarefa natural com esse tipo de mecanismo.
3. Escalabilidade: O processamento assíncrono permite a fácil adaptação do sistema a variações na carga de trabalho e no volume de usuários. A arquitetura distribuída e a comunicação assíncrona entre os componentes facilitam a adição de recursos e a expansão do sistema conforme necessário.
4. Eficiência computacional: A natureza paralela e distribuída do processamento assíncrono permite o melhor aproveitamento dos recursos computacionais disponíveis. Isso resulta em um sistema mais eficiente e responsivo, capaz de atender às demandas dos usuários e do negócio. Ao mesmo tempo, a capacidade de escalar somente se quiser, ou se julgar necessário, independente da demanda, também entrega maior eficiência computacional.
5. Confiabilidade: O uso de processamento assíncrono garante a entrega confiável de mensagens entre os componentes do sistema, evitando perdas de informações e garantindo a integridade das operações.

Conclusão

O processamento assíncrono tem se mostrado fundamental para o sucesso de projetos de alta criticidade e para aplicações de todos os tamanhos. Ao garantir disponibilidade, resiliência, escalabilidade, eficiência computacional e confiabilidade, essa abordagem se torna uma peça-chave na construção de soluções robustas e ágeis, capazes de enfrentar os desafios do mercado atual.

Para aprofundar ainda mais nesse tema e compreender como o processamento assíncrono pode revolucionar sua forma de entregar software, não deixe de conferir a série especial do DevShow Podcast sobre “O poder do assíncrono”. Dividido em duas partes, os episódios exploram os conceitos, técnicas e práticas que permitem tirar o máximo proveito dessa abordagem no desenvolvimento de soluções de software.

O PODER DO ASSÍNCRONO 1

DEVSHOW #42

Neste episódio, abordamos o assíncrono. Como processos assíncronos podem beneficiar o seu sistema? É só para sistemas de grande porte? Quais são as diferenças para um modelo síncrono? Ouça e deixe suas impressões para continuarmos esse papo.

Episódio 42

O PODER DO ASSÍNCRONO 2

DEVSHOW #43

Neste episódio, temos a continuação do episódio onde abordamos o assíncrono. Aqui abordamos pontos como disponibilidade, escalabilidade e eficiência ao termos processos assíncronos, os desafios de sair de um modelo síncrono para assíncrono e muito mais! Vem ouvir!

Episódio 43

Com uma compreensão sólida sobre o poder do processamento assíncrono e sua aplicação em diferentes cenários, você estará pronto para enfrentar os desafios do desenvolvimento de software moderno e entregar soluções de alto desempenho, resilientes e escaláveis.

Não deixe de acompanhar o DevShow Podcast e manter-se atualizado sobre as principais tendências e práticas no mundo da tecnologia e desenvolvimento de software. Aproveite para compartilhar sua opinião e experiências com o processamento assíncrono nos comentários e interagir com nossa comunidade. Até a próxima!

André Secco tem um vídeo falando exatamente desse assunto.

Aqui no gaGO.io a gente fala desse assunto no gago.io/rabbitmq

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