A terceira nomeação chegou!!!! É sempre um momento de muita gratidão. É sempre momento de olhar para o que construímos nesse último ano.

No ano passado falei como foi minha primeira renovação.

Agora começamos um novo ciclo, e quero compartilhar algumas coisas com você.

Uma bandeira clara

O primeiro passo é compartilhar minhas bandeiras e minhas causas. Acredito que assim, nesse post mais pessoal você possa entender melhor como eu me posiciono e o que eu defendo.

Sobre Lock-In

Seria ousado dizer que nunca aceitei bem a relação com cloud providers. Encaro Azure, AWS e GCP como parceiros estratégicos, portanto lock-in não é nada que me preocupe no dia-a-dia.

No entanto, eu passei tempo demais dedicado a projetos que não estavam em um só data center ou cloud provider e/ou poderiam hipoteticamente estar em todos.

Quando você desenvolve produtos para serem implantados na infra do cliente, esbarrará em clientes dos mais variados com os mais diversos setups e as mais diferentes estratégias de infraestrutura.

Alguns usam data centers internos, resultado de anos de compra de hardware.

Há aqueles que possuem apenas uma fração dos serviços na nuvem, mas ainda precisam justificar o investimento em hardware on-premise.

E obviamente, aqueles que estão em cloud providers podem estar em qualquer lugar:

• 1st Class
  • AWS
  • Azure
  • GCP
• 2nd Class
  • IBM Cloud
  • Oracle Cloud
  • Alibaba Cloud
• 3rd Class
  • Digital Ocean
  • Hetzner
  • Scaleway

Desenhar uma solução que seja flexível para se adaptar ao cloud provider e usar com precisão cada recurso específico e otimizado da cloud é, geralmente, inviável.

As dificuldades vão desde design e estratégia de modelagem e arquitetura, até questões pessoais mesmo, como estar em um alto nível de jogo, em todas essas 9 plataformas.

Cada cloud provider provê releases diárias, com novidades toda semana. Escolher 2 já é uma tarefa hercúlia, considero impossível estar atualizado em um nível profissional em todas.

Aliás, Kubernetes e Cloud Native são respostas objetivas para esse dilema.

Então como meus projetos:

• Ou precisavam ser agnósticos para rodar em qualquer lugar, porque cada cliente estava preso a um cloud provider diferente
• Ou simplesmente porque os de servidores desses projetos era on-premise.

Na prática, com exceção da Petrobras, eu sempre enfrentei limitações de orçamento para infraestrutura. Isso me fez aprender coisas.

Isso me fez desenvolver novas habilidades. Não só buscando soluções open source que cumprissem em sua totalidade ou parcialmente algo que o cloud provider me entregaria com o apertar de botões.

Essas limitações me deixaram mais forte, permitindo com que eu pudesse criar restrições e regras arquiteturais que garantiam a consistência e a sustentabilidade dos projetos, com estratégias simples, sólidas, consistentes, entretanto, restritivas.

Conclusão

Esse tipo de definição só atende projetos com esses requisitos, óbvio que não regras gerais. Mas ajudam quando você tem um produto de caixinha ou um projeto para ser implantado em clientes aleatórios.

Ter servidores on-premise ou IaaS nunca foi adjetivo para mim.

É uma característica.

Limitada em alguns aspectos

e flexível em outros.

Sabe a ideia de fazer do limão uma limonada, sempre pensei assim.

Sempre tive em minha cabeça a ideia de que eu precisava ser profissional independente da infra disponível. E se cloud é um desafio, não tem problema. É meu papel ser profissional em qualquer lugar, mesmo que eu não tenha Azure ou AWS.

E não é que deu certo?!

Isoladamente, trabalhar on-premise, ou com IaaS, ou com PaaS, são características que não significam absolutamente nada.

Precisamos entender o projeto para entender se a decisão está certa ou errada. É aqui que mora a sabedoria

Se você é um indivíduo atrás do computador tentando criar seu primeiro projeto para o mercado, camadas Gratuitas PaaS tendem a ser uma boa pedida.

Quando você cresce um pouco mais, IaaS tende a ser mais atraente. Levará algum tempo até as camadas pagas PaaS voltarem a ser atraentes para você. Já se você crescer demais, demais mesmo, talvez mereça revisitar seus custos para entender de on-premise não é uma alternativa.

Ideal é sempre colocar todas as cartas na mesa e aplicar um pipeline de decisão.

Entendo que meu trabalho é fazer o máximo, da forma mais profissional possível, e da forma mais eficiente e eficaz possível.

Tem dado certo!